quinta-feira, 20 de agosto de 2009

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Nojinho


E o mais provável aconteceu. José Sarney de Araújo Costa, o coronel, foi absolvido. Ele mesmo. O parlamentar mais antigo do congresso, o queridinho do Lulinha, o homem que pensa na família acima de tudo (e como pensa!), o esperto, o debochado........ Bem, faltarão caracteres para descrever, o quão esse ser vil e inescrupuloso pode ser. Quantas máscaras ele pode vestir.

Foram 11 denúncias, mais de 400 atos secretos. Tudo foi parar nas gavetinhas mágicas do congresso, aquelas que, quando abertas e contempladas com documentos sem importância para os nossos representantes, simplesmente, se fecham e fazem com que, tudo nela contida, se evapore.

Esse é o nosso país, nossa nação, nossa vergonha!

Foi lindo, por trocentos motivos, ver Seu Jorge subir no palco do prêmio Multishow de ontem, para receber o prêmio de melhor cantor. Pela história de vida, pelo bom cantor que é, por saber dosar os agradecimentos e elogios, em todos os aspectos. Sim, pois ninguém aguenta aquela rasgação de seda que normalmente acontece quando alguém é premiado num evento desse tipo.

Negro, talentoso, afinado.... Enfim, estamos precisando de mais pessoas como ele. Que tenham conteúdo, e que não sintam necessidade de mostrar o que não são.
Salve Jorge!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O que é que a baiana tem?

Consideradas peças fundamentais da cultura baiana e brasileira, as baianas do acarajé, – como são nacionalmente conhecidas - representam a diversidade cultural existente na Bahia. De origem africana, o acarajé, bolinho feito de feijão e completamente ligado ao candomblé- o nome original é akará= bola de fogo e je =comer, quando unidos e abaianados, torna-se o famoso Acarajé, que surgiu como oferenda ao orixá Iansã -, explica tanta diversidade, ao mesmo tempo que “quebra” alguns preconceitos. Sim, pois basta ir ao tabuleiro da baiana para encontrar pessoas de todas as religiões e doutrinas, que esquecem as crenças e diferenças na hora de se deliciarem com a iguaria.
O poeta baiano Dorival Caymmi, famoso por declarar seu amor pela Bahia através de suas poesias, teve como inspiração para uma de suas músicas, que faz sucesso até hoje apesar de composta há décadas, intitulada “O que é que a baiana tem?”. Na composição, o também escritor nomeia os inúmeros adereços que compõe o figurino da baiana, como brinco de ouro, saia rodada, sandália enfeitada e etc.
Apesar de parecer apenas uma descrição literal da figura que a baiana do acarajé representa, há quem diga que por de trás dessa simples e direta letra de música, Caymmi deixou subentendido que a baiana é diferente. Diferente na forma de pensar, na forma de falar e acima de tudo na maneira de agir. Afinal de contas, quem é baiano – ou convive com um- sabe que nós baianas somos “arretadas”, e ficar quieta diante de qualquer preconceito ou injustiça? Aonde!
Texto publicado no guia off renda- junho 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Os carniceiros da Bahia!


É muito comum nos dias de hoje, vermos pessoas se beneficiando com a falta de informação e ignorância alheia. Indivíduos desprovidos de ética profissional, capazes de ridicularizar vítimas do sistema capitalista brasileiro, que funciona apenas para extrair o máximo que podem do mínimo salário desta classe incansável de trabalhadores.
Ao ligar a televisão às 12h na Bahia, nos deparamos com telejornais sensacionalistas contendo imagens e depoimentos chocantes, a fim de extrair da forma mais abusiva possível, a desgraça cotidiana desse povo, que sem instrução, são submetidos a cenas constrangedoras e indagações indiscretas sobre assuntos pessoais, que deixam de ser, a partir do momento em que é posto no ar por essas emissoras.
Apresentadores escandalosos e interesseiros, que tratam a ação violenta policial, por exemplo, como algo produtivo e satisfatório, disputando pontos de audiência como se estivessem transmitindo um programa de entretenimento, mostrando as melhores mercadorias e esperando o troféu: “Melhores desgraças da TV”, além de cobrarem do telespectador, pulos de alegria quando lhe é ofertado kits para manicure ou carrinhos de cachorro-quente.
É deprimente acabar de almoçar (às vezes ainda almoçando) e ver cenas chocantes como um cadáver exposto, ou uma pessoa agonizando à espera de atendimento médico.
Infelizmente, a audiência desses programas é construída pela mesma classe que é denegrida e ridicularizada, assim indiretamente ajudando a deixar a Bahia e o Brasil ainda mais desigual, se é que isso é possível.
Troca de favores, ambição por fama e dinheiro é o que impulsiona esses sanguessugas a continuarem achando que estão prestando algum tipo de serviço benéfico à sociedade.

Vamos fazer figa?


Muito mais antiga que imaginamos, a Figa hoje pode ser considerada um símbolo de religiosidade. De origem italiana e com forte presença na Grécia e Roma antigas, era muito usada pelos Etruscos (povos que viviam na região de Etrúria,Itália) provavelmente entre os anos 1200 e 700 a.C. Seu nome original é Manofico, uma junção das palavras mão e figo (fruta que, na gíria desses povos, significava vagina).
Antes de se tornar um amuleto ligado a sorte, era denominado “símbolo da fertilidade", pois, representado pelo dedo polegar, introduzido pelos dedos indicador e médio, lembra a rigidez do membro masculino penetrando os lábios vaginais femininos.
A idéia de sorte e proteção contra mal olhado relativa a figa, se deu por conta de uma crença desses povos. Eles acreditavam que enquanto os espíritos maus se distraíam observando a genitália através da figa, não pairariam sobre o ambiente.
Trazida ao Brasil pelos Europeus, rapidamente ganhou fama de amuleto poderoso e terminou por ser incorporada à tradição afro-brasileira, que instantaneamente é ligada a Bahia.
Por ser considerado além de fértil, fálico, pode variar o significado de acordo com o país. Na França, Grécia e Turquia, por exemplo, fazer figa significa um insulto (como para nós seria erguer o dedo médio), já na Holanda, Dinamarca e Alemanha, fazer figa para alguém é convidá-lo para fazer sexo.
Segundo o folclorista Luís da Câmara Cascudo, em seu Dicionário do folclore brasileiro, “A figa é um dos mais antigos e eficazes amuletos contra o mal olhado”.
A mais conhecida figa no Brasil é a feita com a raiz da planta de Guiné, citada inclusive na música Figa de Guiné, composta por Reginaldo Bessa e Nei Lopes, interpretada pela cantora Alcione.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Ah os padrões!

Olhamos, achamos bizarro e mesmo assim, continuamos querendo ficar dentro deles!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ser ou ter, eis a questão

Estamos sendo, a todo momento impulsionados para o consumo, seja ele consciente ou não. Isso se dá, por conta da cultura do "ter" que hoje move a sociedade.
Integridade, honestidade e caráter por exemplo, são valores esquecidos e ignorados, dando lugar apenas para os bens materiais. Andar mal vestido é um crime, não ter um celular então, que disparate!
Está se tornando natural ouvir histórias de pessoas que sofreram, e ainda sofrem algum tipo de discriminação, simplesmente por não estarem dentro dos padrões, seja de beleza, estilo ou até mesmo de gosto.
A mídia tem papel fundamental nessa cultura, e as estatísticas comprovam isso. O mercado de cosméticos e de roupas são os mais crescentes no mundo, juntamente com o monstruoso mercado publicitário.
No lugar da professora, está a celebridade. Sucesso, dinheiro e fama: eis o que move a vida, o mundo e a sociedade atual.
O glamour e o culto à beleza física, tomam proporções absurdas, afetando assim, o comer, o beber, o vestir, o viver.